sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

AS FAVELAS


Sabes quem habita nelas?
São almas penadas,
Arrojadas.
Que lá dentro vão fervendo,
Como numa panela.
Hora a hora vão sofrendo.
São sonhos, constantes.
Perdidos
São corpos amantes
Sofridos
São esperanças que voam
Nesta Sociedade que povoam
São desvios, são destinos.
São amores, são dores.
São o teu e o meu
Desamor
Que não sofreu
São almas esquecidas
Abandonadas
São corpos ressequidos
Amargurados
São o fruto de políticos
Não estruturados
Malfadados.
São almas desviadas,
Pelo poder, podes crer.
São Favelas!
Não pensamos nelas!
Pela Sociedade assim fazer.
São pobreza
São nobreza
São amor
São desamor
São forças escondidas
Um dia incontidas.
São carências, são ausências,
Do Amor.
São presenças,
Da dor.
São Favelas,
Não pensam nelas!

Amiguel
29/08/06

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