domingo, 6 de março de 2011

Para o Dia da Mulher, dedicado à minha mãe, in memoriam

MULHER, quem és tu?

Quem és tu?
De onde vens e para onde vais?
Tu, que deste ser aos meus pais.
E a mim, que nasci nu?
Quem és tu, ser sublime,
Que tens quem não te estime?
Tu, ser divino,
De força estóica,
Que sobrevives tantas vezes, és heróica
Ao amor que não tens.
São tantas as mães.
Ao sacrifício que padeces,
E não mereces.
Do amor que te recusam,
Os que ti abusam.
Que ergues a cabeça no momento da recusa,
Tu que da humanidade és a musa.
Quem és tu, que de Mulher te chamam,
E reclamam,
Mas não te amam.
Te ignoram,
Te imploram,
Te mal tratam,
E te suplicam.
Quem és tu Mulher?
Que amas a toda a hora
Mesmo quando a gratidão demora. ´
És complemento e suplemento,
Um ser sem lamento.
És amor,
E dão-te desamor.
Nas horas do desalento,
Não tens um lamento.
És sempre o nosso fermento.
És a força e razão da nossa existência.
No amor,
E no desamor,
Em qualquer presença,
Jamais és a indiferença.
Ah, mulher!
Sei quem tu és,
Analisei-te da cabeça aos pés!
És mãe,
Mesmo dos que a não têm.
És irmã,
Amas sem dor,
E com amor.
És força
És amante,
Capaz de um amor constante,
Ah! És Mulher!
Mesmo para quem não quer!
És Vida.
És a Vida!


Dia da Mulher
8-03-2009
Amiguel