quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A VIDA

.
Rodopiando, rodopiando
E o tempo vai passando!
Não somos donos do tempo
não!
Por vezes sendo nosso tormento
Não é mais que um lamento,
Essa dor do coração.
Ora pára,
Ora repara,
Ora confunde,
Ora se difunde.
Neste Mundo díspar,
Só dá para amar.
Não deixes o coração parar!
Como a folha,
Vôa.
Mesmo que o coação te dôa.
Não chores,
Nem implores.
Ri!
Porque esta vida é para ti.
É a Vida!
Sorri !!
Porque o sorriso almejado,
O desejado,
Tê-lo-ás um dia alcançado.
Nestes tempos de desordem não te amofines,
Mesmo que não atines.
Uma certeza podes ter,
A Vida é um livro para ler
E não sofrer
A Vida é para amar
E não parar!


amiguel25/02/2009

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Percurso

.


Soubera eu assim,
Que te lembravas de mim!
Assim!
Deixaria o Mundo rodar,
E voava para te amar…
E sonhar.
Não quis que fora adivinho.
Mas mantenho o carinho,
Capaz de voar,
E amar.
Amar?
Não, só apenas sonhar.
Com a força do pensamento que nos conduz.
Nesta vida de procura.
Que descura,
E nos reduz,
À dimensão da luz.
Dum ponto infinito da vida,
Que somos.
No poder do divino,
Que é o nosso caminho.
Mas mantêm-nos o alento,
Que por vezes,
E com revezes,
Sendo o nosso tormento,
É a razão da nossa existência.
Mesmo quando sonhamos,
E mergulhamos.
Nas ondas alterosas,
De vidas sem rosas.
Que deixaram seus espinhos
Para nos dilacerarmos nos caminhos
Que percorremos
Dia após dia
Que sofremos
Para que amemos.

amiguel12/02/09

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

AO MAR




Rotas que não rôtas,
Marinheiros e suas garotas.
Elas as gaivotas,
Filhas do mar,
Força da Natureza.
Tal como o Amor,
É para amar.
Sua beleza,
Seu poder,
Sua grandeza.
Sua vida,
Nossa vida.
Vida do Universo,
Vida.
Que em qualquer momento,
Faz do verso
Um hino de louvor.
É o amor!
É vida,
E o reverso!
Da mesma medalha
Que nos malha.
Com a espuma,
A gente se arruma.
E a bruma essa,
Envolve-nos, sem pressa!
Assim como o amor
Provoca-nos o torpor,
Do pensamento,
E do lamento.
Mas mantêm-nos o alento.
Que por vezes,
E com revezes,
Sendo a nossa tormenta,
É a razão da nossa existência.
Mesmo quando sonhamos,
E lutamos!

amiguel-10/02/2009

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Porque

.

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.



Sofia de Mello Breyner

A ÚLTIMA LÁGRIMA DE DIOS

Ya sabes que vine
Sin moverme un ápice
De donde dejé mi caparazón
Y he recorrido universos
Tras universos para llegar
A vos,
Y lo hice
Con el tiempo que dura
Un rayo en encenderse
Y apagarse
En mi cielo,
Sé que he llegado
Donde siempre moras
Y no te puedo ver,
Pero sé que estoy
Cerca de ti,
No te veo, no te escucho
Pero te siento conmoviendo
Mis sustancias,
Siento tus reclamos,
Siento que me hieres
Por tantas y tantas cosas
Que equivoqué
Por favor, no me lastimes más.
¿Quién soy yo, ante tu inmenso poder?
¿Ante los billones y billones
De hermanos que son mejores que yo?
O los hermanos que sufren
Impregnando todo lo tuyo
Con gritos de dolor.
Los que sufren…
Ya sabes, por ellos he venido
Sin que me solicitaras,
Ya sabes, siempre me inquietó
Saber por qué permites
Que sufran tus hijos,
Míralos…
Míralos…
Se devoran entre ellos
Como fieras salvajes,
Se sacian con la sangre,
Con la carne del hermano.
Míralos, devoran el entorno
Que les ha dado el hábitat,
La subsistencia y la reproducción.
¿Por qué, por qué tiene que seguir
Esa tragedia?
¿Por qué no la detienes?
No te parece que es una estupidez
Dejarlos sufrir ¿Para qué?
¿Para dicha y gloria de quién?
Siento tu dolor,
Siento que todo tu poder tiembla,
Se conmueve
Y me haces sentir
Que nos hiciste
A tu imagen y semejanza
Y violamos tus designios
Y ahora pagamos el precio
De la desobediencia.
Sufres…
Sufres…
Tu honda tristeza
Está impregnando,
Todos los confines
Donde se ha puesto
Tu mano poderosa.
Me haces sentir
Que todo va terminar
Y no volverás a hacernos
Como ahora
Y será el conjunto de acciones
Buenas, las que nos llevarán
A tu decisión final,
Y las acciones malas,
Prolongarán la espera
De ese momento.
Has acelerado el tiempo,
Has reducido todas las distancias
Todas las dimensiones,
Siento que otros hermanos
Llegan cerca de ti,
Siento que lloras
Siento que sufres
Y me haces sentir
Que has derramado
Tu última lágrima
Y no volverás a llorar
Nunca más.
Arden todos los rincones
Del cosmos,
Las aguas, los aires,
Todo…
Todo arde en fuego…
La vida se acaba
Toda la vida se acaba:
Imperios comandados
Por hombres, ratas,
Cucarachas, hienas, serpientes…
Todos… todos son arrasados.
Los planetas, las estrellas,
Los Astros…
Todos… todos se han salido
De su curso
Y todo… todo se ha concentrado
Otra vez en un punto
Y después es explotado
Con la fuerza
Y belleza de tu sabiduría
Y todo ha sido esparcido
Nuevamente entre los universos.
Duermo… duermo…
Duermo, no sé cuantos siglos
He dormido.
Siento que despierto,
Siento que ahora
Me siembras
En el corazón de un colibrí
Que mañana brotará
De una gota de rocío.

Barranquilla, Colombia,agosto 25 de 2003 Del libro LA ÚLTIMA LÁGRIMA DE DIOS Mario Ramón Mendoza*, [Cónsul - Región Caribe - Colombia] POETAS del MUNDO:
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=1580

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

LIBERDADE

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa